terça-feira, 3 de novembro de 2009

Maria Madalena - uma personalidade distorcida pela desconfiança alheia.

Papo de Ovelha

(Palavra de Domingo)

Outro dia nosso Pastor trouxe uma palavra no Culto de Domingo sobre Maria Madalena e sua importância para o Cristianismo. Falou também sobre a desconfiança dos discípulos e apóstolos da época quanto a sua pessoa.

Quanto à ressurreição de Jesus, o pastor salientou que os apóstolos não acreditavam, pois quem trouxe a notícia foi ela, Maria Madalena. E, para muitos deles ela era vista apenas como aquela de quem o Senhor tirou sete demônios. Provavelmente para alguns ela estava de novo possessa, o que pode ser verdade, já que isto acontece até hoje. Quando o Senhor liberta alguém, as pessoas ficam cismadas, como se esta libertação tivesse que ser comprovada, em alguns casos diversas vezes. Assim, não fica difícil imaginar que a vida de Maria Madalena não era fácil nos primórdios do Cristianismo.

Para piorar sua situação, alguns despreparados, por conhecerem pouco a Bíblia atribuíram a ela um pecado específico, quando dizem que ela é a adúltera. Na verdade Maria Madalena era da cidade de Magdala, daí o termo denominativo Madalena, que é na verdade umas formas usadas pelos apóstolos para especificar sobre qual Maria estão falando, já que havia ainda Maria de Betânia (irmã de Lázaro e Marta); Maria, a mãe de Jesus; Maria, esposa de Clopas e outras.

Já esta Maria, especificamente, passava por diversas situações – com já disse, por ser aquela de quem o Senhor expulsara sete demônios. Pensando nesta mulher e me lembrando ainda da mensagem que ouvi na Igreja, fico a meditar e para meu desapontamento, vejo que muitas vezes estamos agindo da mesma forma com os nossos irmãos.

Na prática

Agora mesmo me lembro de algo que aconteceu comigo na adolescência. Vivia de Igreja em igreja como todos os meus amigos, eu com mais facilidade, pois ninguém intervinha nas minhas atitudes. Então para muitos irmãos era tida como desobedientes e para outros até como desviada. Aos quinze anos me decidi pelo ministério do Belém – Missões – e lá permaneci por muito tempo. Fato é que assim as pessoas de perto de mim, mesmo sendo do mesmo ministério, porém de congregação diferente, pararam de me ver como nômade espiritual, o que me fazia em suas opiniões, estar fora da Igreja. Eu estava nesta época na sede do setor, congregando praticamente todos os dias.

Certo dia, resolvi vir congregar no vilarejo onde moro e, qual não foi minha surpresa, fui convidada a aceitar Jesus de novo. Dias depois, passei a freqüentar o Grupo de Jovem em companhia da líder, então nova amiga, a Ivete, que muitos hoje pensam ser minha irmã de fato.

O que ocorreu foi que para a maioria eu havia aceitado Jesus e para variar, vieram com esta: “Vamos ver quanto tempo ela continua crente desta vez”. Isto mesmo, alguns acreditavam piamente que eu não estava firme antes. Só faltaram criar o dia que eu levantei a mão de novo para Jesus. Reconheço que resolvi freqüentar uma Igreja mais perto de casa depois de receber o batismo com o Espírito Santo. Esta experiência me fez ver que devia mudar de atitude quanto as minhas idas e vindas de congregação. Não podia gostar de um pastor que lá ia eu atrás dele.

Com o batismo veio a vontade de permanecer num só lugar. Adeqüei minha decisão com a vontade de investir na nova amizade. A amizade permaneceu – graças a Deus. Mesmo hoje, ambas não sendo mais da mesma igreja. Afinal ela e eu saímos da Assembléia, ela para outra Igreja tão antiga quanto a Assembléia e eu freqüento a Casa de Oração, que é um ministério razoavelmente novo. E é onde ouvi a mensagem que originou esta nossa conversa.

E o que é engraçado nisto tudo é que se passaram 22 anos depois desta frase e quando sai por motivos de saúde – sofri um acidente doméstico e hoje uso muletas – muitos dizem aquela frase peculiar: “Eu não disse?

Sim, eles estavam até hoje, mesmo eu sendo adulta, esperando que seu veredicto se confirmasse. Então fica fácil para mim pensar na situação de Maria Madalena e imaginar o que ela sofreu ao longo de sua vida cristã, com a sombra do milagre que o Senhor operou na sua vida. As pessoas não esquecem o que fazemos ou do que Deus nos livrou.

Conclusão

Para a Maria Madalena da atualidade – seja ela quem for - tenho a dizer: os homens não se esquecem de nossos pecados, sejam eles quais forem, mas o Senhor Deus os lançou no mar do esquecimento e como diria um pastor da Assembléia de Deus no bairro de Santo Amaro, SP, colocou lá uma tabuleta “É proibido pescar”!

As Mulheres Maria

Maria – mãe de Jesus – LU 1.27 MT 1.16 MR. 8.3 LU. 2 .19,34

Maria Madalena – JO 20.1, MT. 1.16/13.55 MR. 16.1 LU. 8.2/24.10

Maria – mãe de Thiago E João – MT. 27.56 MR 15.47/ LU.24.10/ JO.19.25

Maria – RO. 26.6

Maria de Betânia – irmã de Lázaro –LU.10.39 e 42/ JO.11.1 – 12.3

Maria - mãe de Marcos – João Marcos – At.12.12

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